sábado, abril 28, 2007

Ver para além


Gostava um dia de espreitar a morte, sentir seu cheiro e textura. Ver se me assusta, ouvir sua melodia, talvez acalmar-me em seu meio ambiente envolvente, gostava de olhá-la, conhecê-la como futura residência, perder-lhe o medo e talvez até gostar desse canto… será sombrio, solitário e frio?

Gostava de espreitar a morte, ver meus mortos e sorrir-lhes só mais uma vez, dizer-lhes que o mundo está mais vazio sem a presença deles. Desaparecem os que me conhecem por me terem visto nascer, desaparece a minha identidade. Poderiam até recordar-me de como aprendi a sorrir e quem sabe dizer-me que ainda me vêem, apesar de distantes e que estão comigo em dias de vazio.

Espreitar a morte apenas, perder-lhe o medo e só depois renascer e viver.
Ana Teresa P. Lousada

quarta-feira, abril 25, 2007

Return to innocence, Enigma, 1994

Mais uma para recordar... Porque o tempo não pára e eu perco-me em ti, nostalgia...


quarta-feira, abril 18, 2007

More - The Sisters of Mercy!

Como dizia o outro, recordar é viver.... Também vivo para recordar… Ouçam e viajem pelo tempo…


quarta-feira, abril 11, 2007

"Será em vão rezares por um sonho que não verás
e ambicionares por um Mundo que não terás
não esperes Justiça onde nunca houve Paz
não há salvação nas terras de Satanás"
Valete

segunda-feira, abril 02, 2007

Medo

És o meu desassossego, medo… consomes-me a alma, a violência com que a consomes perfura-a, deixando rupturas fundas, espaços vazios. Como posso proceder à sua reestruturação? Cose-la, usando agulha e linha de tranquilidade? Procurei-a, esgotou-se em todas as grandes superfícies. Não existe elixir milagroso, mezinha medieval, mágico cogumelo, antídoto eterno para tal desassossego, de tamanho medo!

Levar-me-ás onde, medo?
Ana Teresa P. Lousada

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