O perfume e Kurt Cobain

“O Perfume – história de um assassino”, de Patrick Suskind retrata a vida de um ser à margem da sociedade desde nascença. Um ser desprovido de cheiro e, como tal, de sentimentos pelo simples facto de nunca ter aprendido o significado da palavra “Amor”. Dedicou toda a sua vida (bastante curta) à procura da sua essência, sem olhar a meios para alcançar o seu objectivo.

A mesma história, publicada em livro no ano de 1985, esteve na base de uma longa-metragem, editada em 2006.

Curiosamente, Kurt Cobain foi um fã desta obra literária e em sua homenagem escreveu o tema "Scentless Appretince”, editado no álbum “In Utero” em 1993.

Para ouvir e relembrar Nirvana tocando, ao vivo, o referido tema…

Revolta ou loucura

A revolta pura surge de forma inconsciente e progressiva. Apodera-se de todo o teu ser, assume vida própria, come-te a consciência, consome toda a tua energia, rouba-te a capacidade de sorrir ou sorris apenas quando ela se manifesta perante o exterior. É um grito recalcado, abafado e expresso em todos os pormenores – atitudes, gestos comportamentos violentos para contigo ou para com os outros. Essa revolta magoa o teu próprio fundo, fá-lo sentir inadaptado, entrando em contradição com teu exterior. Leva-te por isso à loucura, fazendo desacreditar tudo o que sentes ou que sentem todos os outros que te rodeiam e se esforçam por entender em qual dos sentidos te afogas.

- "O que sentes? O que tens? Porque fazes isso? Porque não falas? Porque não ris ou porque não choras? Porque não gritas pelo menos?"

- "Porque o sentido é outro, porque tudo deveria ser ao contrário. Não consegues deixar de olhar para dentro. Será sempre assim? Ou a loucura te fará perder a sensibilidade?"

Ana Teresa P. Lousada

Os jovens e os livros

Jovens (e não só):

Agora que o amigo Tochas nos ensinou como funciona um livro, não inventem mais faltas de tempo para não ler. É fácil, é barato (para isso servem as bibliotecas públicas) e é muita cool, porque um livro também tem letras do outro lado!

Experimentem, não dói nada. Juro!