segunda-feira, abril 02, 2007

Medo

És o meu desassossego, medo… consomes-me a alma, a violência com que a consomes perfura-a, deixando rupturas fundas, espaços vazios. Como posso proceder à sua reestruturação? Cose-la, usando agulha e linha de tranquilidade? Procurei-a, esgotou-se em todas as grandes superfícies. Não existe elixir milagroso, mezinha medieval, mágico cogumelo, antídoto eterno para tal desassossego, de tamanho medo!

Levar-me-ás onde, medo?
Ana Teresa P. Lousada

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Medo, engraçado o medo que todos temos poucos admitimo-lo, mas uns com ele ficam desde nascença até morrer, outros mesmo cheios dele enfrentam-no e expulsamno ganhando batalhas atrás de batalhas não a guerra, mas o medo é o medo uns enfrentam-no outros aceitam-no....Uma reflexão interessante, espero que faças parte do grupo que com ele o enfrentam.....um beijo muito terno

05 abril, 2007 22:20  
Blogger Bernardo said...

Tenho sido sempre um sonhador irónico, infiel, às promessas interiores. Gozei sempre, como outro e estrangeiro, as derrotas dos meus devaneios, assistente casual ao que pensei ser. Nunca dei crença àquilo em que acreditei. Enchi as mãos de areia, chamei-lhe ouro, e abri as mãos dela toda, escorrente. A frase fora a única verdade. Com a frase dita estava tudo feito; o mais era a areia que sempre fora.

19 abril, 2007 23:07  
Blogger Bernardo said...

Tenho sido sempre um sonhador irónico, infiel, às promessas interiores. Gozei sempre, como outro e estrangeiro, as derrotas dos meus devaneios, assistente casual ao que pensei ser. Nunca dei crença àquilo em que acreditei. Enchi as mãos de areia, chamei-lhe ouro, e abri as mãos dela toda, escorrente. A frase fora a única verdade. Com a frase dita estava tudo feito; o mais era a areia que sempre fora.

Bernardo Soares

19 abril, 2007 23:07  

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