"O dia de hoje é uma dádiva"

Estando eu a ler “A Montanha da Alma”, não poderia haver maior coincidência que esta. Ri-me com o filme, ri-me com as crianças que se riam. Ria-me com os ataques “kungfuosos” da minha amiga e do meu amigo e nunca pensei que fosse possível um panda ser filho de um pato ou um porco ter barba por desfazer.
No fundo, consciencializei-me!
Sabíamos que se plantarmos um pessegueiro, não podemos desejar que nasça uma macieira?
E além disso, sabíamos que não existe nenhum segredo para sermos especiais? Basta acreditarmos que o somos.
“Oogway” ou Hugo, a tartaruga mestre, também refere que "o dia de ontem é história, o dia de amanhã é mistério e o dia de hoje é uma dádiva”. Cheguei a casa, liguei o msn e escrevi esta frase. O meu amigo e a minha amiga fizeram o mesmo. Três pessoas com a mesma expressão, a transmitir a outras pessoas que vão sentir o mesmo impacto. Pois é, meus amigos! O mundo inteiro poderá sentir momentaneamente a dádiva que é o dia de hoje e o mistério de amanhã.
Mas que dádiva, caralho? Onde é que encontro a felicidade de ter passado mais um dia?
Ah pois, tenho que fazer por isso. Lutar! Vejo demais, sinto demais, vejo demais, sinto demais. Enlouqueço um pouco todos os dias. Dádiva seria a insensibilidade instalar-se em mim e sentir-me em paz com isso! Mas é o contrário que se sucede. Preocupo-me com o facto de me ir transformando num ser humano insensível, sem motivação. Serei uma velha chata, frustrada e bruxa com verrugas e nariz comprido, aos olhos de uma criança. Que posso eu fazer para inverter este processo de mutação? Lutar contra o que me domina? Como, se é mais forte do que eu? Não sou panda, filha de um pato e não sei Kung Fu. Antes fosse, porque cada vez menos os humanos me atraem. Todos cópias uns dos outros. Todos! Tal como os figurinos do filme, onde só se vêem patos, coelhos e porcos. O panda em extinção era o que se diferenciava (Tedim, obrigada pela dica). Os seres humanos de coração extinguem-se. É isso que me torna insensível, apática e desinteressada. Talvez se passe o mesmo com outros indivíduos. Desinteressamo-nos uns dos outros. Ciclo vicioso, esta sociedade que criámos.
(Foda-se! E isto é mesmo um filme para crianças! E para adultos não é porquê, caralho?)
Ana Teresa Pinto Lousada
Nota: As asneiras foram escritas propositadamente e são influência do contexto BOPE, a polícia treinada para matar!
Nota: As asneiras foram escritas propositadamente e são influência do contexto BOPE, a polícia treinada para matar!
1 Comments:
Fazes-me sorrir pq nunca sei o q lá vem!...Força ,mas onde??? (agora tenho q ´digitar um código ali em baixo: rsszes) lol
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