Sou eu, a tua continuação!
A magnitude do meu ser é invencível! Sei que sou especial, porque sou guerreira enquanto vencedora de batalhas travadas com as trevas infestadas de monstros. Fui ponte de ligação entre a vida e indivíduos perto do abismo. Sou emotiva e a encarnação da dor. Não sou líder, mas diferencio-me. Sou consciente e os sonhos são o meu refúgio.
O meu êxtase está na empatia com todos os elementos da natureza, como o vento que me acaricia, afastando todos os meus receios. Alegro-me com o movimento das árvores à minha passagem, que me incitam a invocar os meus queridos mortos. Aquele vento que se torna mais intenso indica-me a sua presença espiritual. Saúdam-me alegremente e eu digo-lhes que tive saudades; a minha avó “Ana” orgulha-se da sua descendência. Sou eu avó, a tua continuação! Estou aqui e quero dizer-te que lamento muito não nos termos cruzado nesta física existência. Gostaria de me ter familiarizado com teu rosto e teus costumes. Gostaria de ter sentido o teu cheiro de avó materna, de apreciar os teus cozinhados à lareira, de ter ido contigo para as hortas apreciar os teus cultivos e a criação dos teus animais. Gostaria de te ter feito sorrir com as minhas brincadeiras de criança e de te ter chamado “avó” carinhosamente. Gostaria que me tivesses visto correr alegremente atrás de pintainhos e de gatos fugidios. Gostaria de ter cantado contigo e de te ouvir contar histórias de família, ao calor da lareira. Sabes, a primeira vez que entrei na tua casa, que estava já em ruínas, invadida por silvas e bicharada, assustei-me com um morcego que por sua vez se assustou com a luz do dia e pensei em ti: como gostaria de te ver ali à minha espera! Não sei que idade teria, pouco mais de meia dúzia de anos. A minha mãe adora-te e eu gostaria de te venerar também. Conta-me às vezes que ias pelo monte fora chorar teus filhos ausentes. Sofreste! Gostaria de te ter abraçado por isso. Sei que naquele pequeno refúgio és tu que também me rodeias. Embalas-me na tua energia pacífica, que me alimenta a alma. Avó, quero viver! Ajudas-me?
O meu êxtase está na empatia com todos os elementos da natureza, como o vento que me acaricia, afastando todos os meus receios. Alegro-me com o movimento das árvores à minha passagem, que me incitam a invocar os meus queridos mortos. Aquele vento que se torna mais intenso indica-me a sua presença espiritual. Saúdam-me alegremente e eu digo-lhes que tive saudades; a minha avó “Ana” orgulha-se da sua descendência. Sou eu avó, a tua continuação! Estou aqui e quero dizer-te que lamento muito não nos termos cruzado nesta física existência. Gostaria de me ter familiarizado com teu rosto e teus costumes. Gostaria de ter sentido o teu cheiro de avó materna, de apreciar os teus cozinhados à lareira, de ter ido contigo para as hortas apreciar os teus cultivos e a criação dos teus animais. Gostaria de te ter feito sorrir com as minhas brincadeiras de criança e de te ter chamado “avó” carinhosamente. Gostaria que me tivesses visto correr alegremente atrás de pintainhos e de gatos fugidios. Gostaria de ter cantado contigo e de te ouvir contar histórias de família, ao calor da lareira. Sabes, a primeira vez que entrei na tua casa, que estava já em ruínas, invadida por silvas e bicharada, assustei-me com um morcego que por sua vez se assustou com a luz do dia e pensei em ti: como gostaria de te ver ali à minha espera! Não sei que idade teria, pouco mais de meia dúzia de anos. A minha mãe adora-te e eu gostaria de te venerar também. Conta-me às vezes que ias pelo monte fora chorar teus filhos ausentes. Sofreste! Gostaria de te ter abraçado por isso. Sei que naquele pequeno refúgio és tu que também me rodeias. Embalas-me na tua energia pacífica, que me alimenta a alma. Avó, quero viver! Ajudas-me?
Ana Teresa Pinto Lousada
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