quarta-feira, janeiro 30, 2008

Ideias avariadas

Finalmente me revelo, neste meu pequeno espaço público. Não aguento mais o silêncio que me envolve em horas mortas. Tenho o direito de escrever o que sou, neste canto que é meu, onde mostro tudo o que penso e tudo o que é de meu interesse nesta vida pequenina.

E de facto, a minha vida tem sido pequenina, ou talvez não, porque até posso ser uma privilegiada da sociedade. Tenho casa, trabalho, comida e roupa lavada. Tenho uns tostões de sobra para poder dar as minhas voltas. Mas estou vazia! Tenho amigos, poucos mas bons, porque o que importa não é a quantidade, mas sim a qualidade. Então porque me sinto assim? Porque cheguei a este estado? Porque é que existe aquele muro invisível entre a minha pessoa e os outros? Por que razão não consigo saltar para o outro lado?

Posso até explicar a mim própria que passei muito tempo sozinha desde criança e, como tal, ter alguma dificuldade em transmitir os meus sentimentos aos outros. No entanto, agora que sou adulta deveria estar mais que preparada para enfrentar as minhas dificuldades. Digo que tem sido difícil. Cada vez que penso que estou a ganhar, algo acontece para me provar o contrário. Às vezes parece existir uma força superior ao meu próprio poder interior e recaio na apatia, no desinteresse por quase tudo o que me rodeia, na desmotivação e no esforço que diariamente tenho que fazer para contrariar estes sentimentos nada saudáveis. Eu quero mudar! Quero ter uma vida diferente! Procuro diariamente algo que me ajude a sair desta inércia. É uma luta que travo diariamente. Poderá ser a busca incessante pela felicidade, mesmo sem saber em concreto no que consiste essa coisa tão abstracta, relativa e subjectiva.

Onde poderei encontrar a felicidade? Dentro de mim, como nos sugere o Dalai Lama? Mas se necessito de interagir com os outros para me sentir melhor, a plena felicidade poderá não estar apenas dentro de mim. Então, se for apenas uma parte desse processo, onde se encontra a outra metade? É este o meu dilema, que não queria ver prolongado por muito mais tempo.

Mais não digo e desde já peço desculpa pelo texto desordenado, com ideias avariadas.

Ana Teresa P. Lousada

4 Comments:

Blogger PP said...

Antes de mais... faz as pazes contigo mesma, depois com a vida... e depois tudo virá por arrasto ! Vou divulgar este teu post, porque algo vai mal para os lados do Porto... O mundo parece andar cego para não dar valor a quem o tem...

Beijinhos do teu amigo 'red fish'

01 fevereiro, 2008 04:14  
Anonymous Anónimo said...

Acho que o problema esta mesmo no facto de considerares uma "luta que travas", por considerares que "buscas" algo.... não... para mim acho que precisas de uma dose de "banalidade"... deixar de ser: tao sensivel, tao altruista, tao sentimental, tao especial, tao ideal... as mulheres ocas sao as mais felizes...
Nao... Nao te tornes oca, haverá sempre o teu eu especial la dentro... mas... vai às compras, le a maria de vez em qdo, ve umas comedias romanticas, ve filmes apenas por ver... sem daí teres de tirar obrigatoriamente um significado... pratica qq coisa... Usa o teu tempo contigo!! Vai a umas discotecas... diz umas "caralhadas", faz umas "asneiradas" e umas "irresponsabilidades"... Eu acho que tudo tem o seu lugar na vida... ha que "moderar" e nao exagerar em nada!!

Quel Marth Ana!

03 fevereiro, 2008 23:58  
Anonymous Anónimo said...

ha alturas em que sentimos que nada nos preenche...ou melhor, que nós próprios nao nos preenchemos, a tal alegria que existe dentro de nós nao se revela...e a tal alegria é sem duvida o amor... e o amor próprio é parte dessa alegria assim como o amor pelos outros por isso quando nos falta um pouco o amor próprio não deve ter mal procurarmos por ele nos outros. Sem duvida que o amor é a unica coisa que aumenta ao partilhar-se por isso a plena felicidade nao estará somente dentro de ti está em todas os seres que possas amar. Como a história da arvore... ela ama-te dá te sombra flores frutos escuta-te dá te a sua beleza se te sentares ao lado dela poderás sentir o amor e dar-he um pouco do teu...o amor nao existe so entre homem e mulher, podes encontrar a outra metade em todo o lado, o amor é todo o mesmo, até pq o verdadeiro amor é espiritual e nao concreto ou carnal...espero que tenha feito algum sentido...o teu texto pareceu me bem ordenado de facil compreensao as ideias nao serao mais avariadas do que as minhas :)

24 fevereiro, 2008 01:02  
Anonymous Anónimo said...

Amiga!!!
Ha alturas na vida que pensamos que so porque nos falta algo tudo o resto esta mal e nao nos sentimos com suficiente força para avançar...
É triste, eu sei, mas um empurrãozito fazianos bem e nao o temos de lado algum.
Pensa possitivo, vive a vida da melhor maneira possivel a teu entender(claro) e tudo se resolve sem k te apercebas disso...

(digo eu, com os nervos e ideias avariadas!!!) ;)

27 abril, 2008 14:16  

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