Survivor
Vesti aquela saia a arrastar pelos pés e ouvi a Natasha, anunciando a Primavera. Olhei-me ao espelho e transcendi. Não era só eu que ali estava. Era o universo como um todo. Flutuei e chorei por tudo o que não consegui. Entretanto vi no messenger o meu amigo Pedro, ouvindo A Perfect Circle. Sente todo o meu ser que música assim desprende a minha alma do corpo. Esse meu amigo, o Pedro, fã de rock e habitante do centro de Portugal, diz que o 11 Setembro, enquanto plano interno é meramente teoria da conspiração, ao invés da minha pessoa. Acredito nas teorias da conspiração e digo-lhe que as atitudes foram sempre as mesmas, dando como exemplo a quase extinção dos povos indígenas levada a cabo pela sociedade americana em início de nação. O meu amigo referiu que nada tem a ver uma coisa com a outra e eu fiquei assim, sem saber como fundamentar a minha opinião, porque a minha mente não absorveu assim tanta informação acerca de tal fenómeno. No entanto, meu coração é anti governo americano e é isso mesmo que transmito. Disse também ao meu amigo Pedro que cada um acredita no que pretende, porque temos várias realidades à nossa disposição. Não! Não foi assim que disse, mas copio as palavras exactas proferidas naquele momento:
“Sabes em que acredito?” - perguntei ao Pedro.
“…” - pontuou o meu amigo, aguardando pela resposta.
“No nascimento e na morte. O percurso entre o início e o fim é irreal, imaginário, imprevisível, incerto, instável... surreal! Entre o início e o fim acreditamos em diferentes realidades, que no fundo não existem. Somos entretidos durante todo o percurso. Entre o início e o fim corremos o risco de sentirmos que somos mais do que uma pessoa e cada uma delas acredita numa realidade diferente. É imaginário o mundo em que vivemos. Não acredito no que vejo, logo em nada creio.” - respondi.
Disse o meu amigo que toda a desmotivação e descrédito passarão, logo que consiga ultrapassar as minhas próprias barreiras. Disse-me que a mente humana é muito poderosa e que se me convencer do mal, assim viverei… mal! Disse-me este amigo, que o universo me vai dando oportunidades, mas que eu não as agarro, devido à minha fraqueza. Respondi-lhe eu, que os frágeis (queria eu dizer fragilizados) deveriam ser recolhidos e alimentados até recuperarem a sua força natural.
Fui-me embora, desliguei o PC. Cresceu em mim a vontade de transmitir o que senti em final do dia 11 Março 2008. Liguei novamente a máquina, para dizer ao mundo que este meu amigo, o Pedro, resistiu e é um sobrevivente.
“Sabes em que acredito?” - perguntei ao Pedro.
“…” - pontuou o meu amigo, aguardando pela resposta.
“No nascimento e na morte. O percurso entre o início e o fim é irreal, imaginário, imprevisível, incerto, instável... surreal! Entre o início e o fim acreditamos em diferentes realidades, que no fundo não existem. Somos entretidos durante todo o percurso. Entre o início e o fim corremos o risco de sentirmos que somos mais do que uma pessoa e cada uma delas acredita numa realidade diferente. É imaginário o mundo em que vivemos. Não acredito no que vejo, logo em nada creio.” - respondi.
Disse o meu amigo que toda a desmotivação e descrédito passarão, logo que consiga ultrapassar as minhas próprias barreiras. Disse-me que a mente humana é muito poderosa e que se me convencer do mal, assim viverei… mal! Disse-me este amigo, que o universo me vai dando oportunidades, mas que eu não as agarro, devido à minha fraqueza. Respondi-lhe eu, que os frágeis (queria eu dizer fragilizados) deveriam ser recolhidos e alimentados até recuperarem a sua força natural.
Fui-me embora, desliguei o PC. Cresceu em mim a vontade de transmitir o que senti em final do dia 11 Março 2008. Liguei novamente a máquina, para dizer ao mundo que este meu amigo, o Pedro, resistiu e é um sobrevivente.
Ana Teresa P. Lousada
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